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PROFESSOR BENEDITO AGUIAR SANTANA

Uma vida dedicada à educação

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Tem gente que nasce para os negócios, outros para o esporte, alguém te espírito aventureiro e há aqueles que se destacam pelo tino empreendedor. Benedito Aguiar Santana, filho desta cidade de Cunha, dedicou a vida à educação. Professor durante mais de 30 anos, fez do ensino seu grande objetivo. Mas educar era nele uma coisa natural e não se limitava as crianças da escola. Homem profundamente religioso, quando voltou pra Cunha, em seus últimos anos, gostava de percorrer os bairros simples da roça, onde junto com seus ensinamentos cristãos, orientava os casais a regularizar sua situação, ajudava os pais a encaminhar a vida escolar dos filhos, acompanhava os jovens quanto ao futuro. Sem dúvida, um educador nato.

Aguiar, como era chamado, nasceu em Cunha, em 28 de novembro de 1917. Filho de Ildefonso de Aguiar Santana e de Senhorinha Alves dos Santos, era neto do conhecido Major Sant’Anna, dono de farmácia e uma das figuras ilustres do município, em seu tempo. Quando pequeno, morou alguns anos na fazenda do seu avô. O major Sant Anna gostava muito dele e cuidou de sua educação. Para completar o primário, Aguiar, ainda menino, voltou para cidade, passando a estudar no Grupo Escola Dr. Casemiro da Rocha, onde teve como colega de carteira, o garoto Benedito Malaquias de Paula, ainda hoje morador de Cunha, já avô e que se lembra muito bem.

Terminando o primário e atendendo ao apelo da vocação, foi estudar no Seminário Diocesano, Taubaté. Lá passou a juventude, continuou o aprendizado na capital, chegando a classes de Filosofia e Teologia. O destino o levou depois a outros caminhos, mas os anos de seminário lhe deram sólida formação cultural, aproveitada mais tarde, quando se tornou professor. Antes de se encontrar no ensino, Aguiar voltou a Cunha e se dedicou a várias atividades. Entre outras, trabalhou na construção da Santa Casa da Cidade.

De natureza simples, amava a terra e comprou uma a pequena propriedade no Bairro da Cachoeira, perto da Catioca, junto a estrada de Paraty. Estimulado por amigos, teve uma rápida passagem pela vida pública no início da década de 40, como vereador da Câmara de Cunha. Mas a política não era a sua vocação.

Conhece a jovem Maria José, a Mariquinha, da família Fornitani, também professora e com ela se casou. Logo, os dois se mudaram para piquete, aqui mesmo no Vale do paraíba, onde Aguiar passou a trabalhar no setor administrativo do Armazém Reembolsável Regimental da Fábrica Presidente Vargas. Ali nasceram os primeiros dos 6 filhos do casal.

Exatamente nessa época desabrocha a sua vocação de professor, da qual nunca mais se afastou. Aguiar, com a formação intelectual adquirida no Seminário, rapidamente conseguiu o diploma Normal e passou a dar aulas. Na década de 50 mudou-se para a Capital e continuou a carreira, nas escolas mantidas pela Prefeitura Municipal na Zona Leste Paulistana. Deu aulas também no respeitado Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Já maduro, forma-se advogado e tornou-se uma figura conhecida dos juízes do Fórum da Praça João Mendes, que respeitavam nele a integridade e a dedicação dos mais pobres. Mas nunca deixou as aulas na Escola primária.

Apesar de muito tempo distante, fez questão de manter os laços com a cidade natal. Cunha era pra ele mais que uma lembrança. Inicialmente apenas nas férias escolares, depois todos os finais de semana. Aguiar manteve contato frequente, até realizar o sonho de voltar a morar em Cunha, no final da década de 70. Com a mulher Mariquinha, intensificou o trabalho de atendimento religioso e social as famílias mais humildes. Foi o primeiro ministro leigo a atuar na Paróquia de Cunha. Todos os fins de semana, invariavelmente, percorreram as capelas da roça, na Cana do Reino, Bairro do Jardim, Paraitinga, levando os ensinamentos cristãos e também orientação aos moradores desses lugares, tornando-se uma figura querida e lembrada até hoje.

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